segunda-feira, 6 de junho de 2011

Joshua Davis

Joshua Davis (nascido em 13 de junho de 1971) é um americano web designer, autor e artista de novas mídias. Ele foi um dos pioneiros no uso do Macromedia Flash como ferramenta para gerar art. Ele é o autor do Flash para o Core (2002) e foi apresentada no livro New Masters seminal do Flash (2000).

Um ilustrador e pintor proficiente com uma paixão por tecnologia, o trabalho de Davis trouxe uma dimensão inteiramente nova para a arte. Utilizing randomization in controlled environments, or Chaos Theory , Davis established a new and unique perspective on visual communication and creative expression, pioneering an area previously unexplored in graphic design . Utilizando randomização em ambientes controlados, ou Teoria do Caos , Davis criou uma única e nova perspectiva sobre a comunicação visual e expressão criativa, uma área pioneira inexplorados em design gráfico .
In January 2001, as part of issue #100 of K10k.net , Davis posted an autobiography — a revealing look at his personal life in the New York City art/club scene in the early 1990s, his drug addiction , and his ability to overcome it to pursue his goal of being a full-time artist.  Davis wrote that once he left the club scene, he aspired to be a writer and illustrator of children's books. Em janeiro de 2001, como parte da edição # 100 da K10k.net , Davis publicou uma autobiografia - um olhar revelador sobre sua vida pessoal na Cidade de Nova York arte / cena do clube no início de 1990, seu vício em drogas , e sua capacidade de superar -a a prosseguir o seu objectivo de ser um artista em tempo integral. Davis escreveu que uma vez ele deixou a cena do clube, ele queria ser um escritor e ilustrador de livros de crianças. It was at the Pratt Institute that Davis began to delve into writing HTML , working under Thomas Noller in 1995. Foi no Pratt Institute, que Davis começou a se aprofundar em escrever HTML , trabalhando com Thomas Noller em 1995. Soon after, he began to experiment with Macromedia Flash and its early scripting language, and further with ActionScript programming. Logo depois, ele começou a experimentar com Macromedia Flash e sua linguagem de script inicial, e ainda com ActionScript programação.
Joshua Davis' work became a major influence in graphic and web design in the " Y2K " era of the Internet's dot-com explosion. Davis 'A obra de Josué tornou-se uma grande influência no design gráfico e web no " Y2K nova "era da Internet pontocom explosão. Davis himself was distinguished from other web designers by his many tattoos , leading to his reputation as being a web design "rockstar" — a label he dismisses.  From 1998 to 2001, he worked with the web production company Kioken . Miles Davis também foi distinguido de outros web designers por suas muitas tatuagens , levando à sua reputação de ser um web design "rockstar" - rótulo que ele rejeita. De 1998 a 2001, trabalhou com a empresa de produção web Kioken . Quando Kioken dobrado, Davis se tornou um web designer e artista independente, excursionando pelo mundo para falar em vários design gráfico conferências , como SIGGRAPH , Forward Flash, FITC, BD4D , OFFF , Manila Graphika e outros.
. Em 2003, ele foi convidado por Tool 's Adam Jones para assumir seus sites.  Site oficial da banda A foi substituído por uma página de introdução projetado por Davis, mas desde então tem sido alterada. 
 Em 2002 ele se juntou com o desenvolvedor Branden Hall para formar o Departamento de Notação Studios, um estúdio de desenvolvimento da mídia. A empresa foi dissolvida em 2006, quando a Câmara deixou para formar autômatos Studios Ltd. com o seu colega desenvolvedor Keenan Keeling . Apesar da separação Davis Hall e continuar a colaborar em vários projetos.
 Em 2007, Davis vive em Nova York com sua esposa e filha.  Ele é professor na New York School of Visual Arts , dirige seu próprio estúdio de design, e continua a aula e levar workshops em conferências de design.








Aluno: Sergio Augusto dos Santos Rabelo Silva
Turma: 1001
Fonte: Site Wikipédia

Eliseu Visconti Enquanto Designer

Influenciado pelo estilo Art nouveau (arte nova) Eliseu d'Angelo Visconti, artista italo-brasileiro considerado um dos mais importantes artistas brasileiros, foi um dos pioneiros do design no Brasil. Foi Visconti quem trilhou os primeiros passos do desenho aplicado às indústrias e as artes gráficas. Paralelamente a sua produtiva e louvada carreira como pintor, Visconti produziu selos, cartazes, projetos de pratos e de jarros para serem executados em cerâmica, vitrais, marchetaria, luminárias, estamparia de tecidos e papel de parede, dando os primeiros passos para o surgimento de uma profissão décadas mais tarde - o designer.

Luminária




Aluno: Sergio Augusto dos Santos Rabelo Silva
Turma: 1001


                  

               

Nescau

NESCAU

Dizem que “o que é bom dura pouco”, mas no caso do NESCAU esse ditado decididamente não funciona. Quer ver só? Pergunte a uma pessoa de mais de 50 anos “o que é gostoso como uma tarde no circo”, e ela vai responder prontamente: NESCAU, um produto que atende as necessidades diárias da galera que leva uma vida radicalmente ativa e precisa de muita força e energia, como diz o inconfundível slogan “energia que dá gosto”. Seus fãs - jovens cinqüentões, seus filhos, seus netos de corpinhos sarados - agradecem o empenho da Nestlé em manter viva neles a lembrança do melhor tempo de suas vidas.
-
A história
A história de NESCAU, primeiro achocolatado do mercado nacional, começou no ano de 1932, quando o produto foi desenvolvido, totalmente no Brasil, e lançado no mercado pela Nestlé, praticamente sem nenhum apoio publicitário e sob o nome de Nescáo (síntese de Nestlé com cacao, matéria-prima do produto, como se costumava grafar as palavras que atualmente terminam em au), sendo recomendado pela empresa às mães preocupadas com a nutrição dos seus filhos. Com esse mesmo nome o alimento à base de chocolate foi lançado na Itália, na Espanha, na Argentina e na França. A embalagem original era uma lata de aço.
-
-
Em 1936 o produto já era apresentado como um super alimento em suas propagandas. A mudança do nome do produto para Nescau ocorreu em 1954, pois as pessoas passaram a ler equivocadamente o acento agudo de Nescáo, como Nescão. Além disso, datam desta época as mudanças ortográficas na língua portuguesa que, entre outras, substituíram o registro do áo por au. Nessa ocasião o slogan utilizado era “Nescau, fortifica, alimenta e engorda”. Na década de 60, com a popularização de eletrodomésticos como o liqüidificador, entraram na moda as “vitaminas”, de frutas batidas com leite ou água, e os achocolatados perderam cartaz. Mas por pouco tempo. Os pesquisadores da Nestlé aproveitaram a onda e apresentaram, em 1961, o NESCAU com uma nova e exclusiva fórmula: vitaminada e instantânea. E ele fez o maior sucesso nas xícaras fumegantes e nos copos altos, bem geladinho. - - A partir deste momento, NESCAU começou a se firmar no mercado brasileiro. Nessa época surgiu também a primeira campanha publicitária em favor da marca intitulada “futuros profissionais”. Ela destacava o papel do achocolatado no crescimento saudável das crianças, futuros médicos, engenheiros, professores, etc., e destacava sua característica de dissolução instantânea. Logo em seguida surgiu uma outra forte campanha publicitária, com uma série expressiva de comerciais, baseada no tema do circo, e ancorada na assinatura: gostoso como uma tarde no circo. A partir de então foram desenvolvidas campanhas baseadas nos temas das festas infantis. - - As atividades promocionais, com sorteios de brindes, passaram a ser uma constante. Já nessa época começaram a ser utilizados vários meios de comunicação com o consumidor de forma combinada, como comerciais em TV e cinema, propaganda em revistas, patrocínios de programas de televisão, painéis exteriores, estandes de degustação em feiras e exposições. Em 1972, o produto ganhou ainda uma melhor solubilidade e composto vitamínico, tornando sua formulação mais saborosa. Nesse ano, foi desenvolvida uma forte campanha de relançamento do produto, agora chamado SUPER NESCAU, sob um novo slogan: Super Nescau, energia que dá gosto. Os comerciais passaram a descrever diferentes aventuras vividas pelos pequenos consumidores de NESCAU. O sucesso da campanha foi tanto que, já no primeiro ano, NESCAU atingia a liderança do mercado, posto que, até hoje, é seu. - - Desde então, as constantes inovações da marca em formulação e embalagem aproximaram ainda mais o produto ao público jovem. Já nos anos 90 surge uma nova oportunidade de se comunicar, utilizando os esportes radicais, que se identificavam perfeitamente com os valores de NESCAU. Graças à constante inovação e principalmente por sua capacidade de falar a linguagem dos jovens, a marca lidera com destaque a categoria dos achocolatados. A força da marca NESCAU migrou para outras categorias de produtos, também com grande sucesso. É o caso dos cereais matinais, chocolates e biscoitos. - - A linha do tempo
1986
Lançamento do NESCAU PRONTINHO, versão do tradicional achocolatado pronto para beber.
1996
Lançamento do NESCAU CEREAL, um cereal crocante de milho com chocolate, primeira extensão da marca para outros segmentos de mercado. 1999 Lançamento do NESCAU BALL, pequenas bolinas de chocolates com casca dura e sabor do famoso achocolatado.
Lançamento do NESCAU OVO DE PÁSCOA, aumentando ainda mais a linha de produtos da marca.
Lançamento do NESCAU BISCOITO RECHEADO, uma saborosa combinação de biscoito crocante de chocolate com recheio cremoso feito com o próprio NESCAU.
2001
Lançamento do NESCAU LIGHT (com redução do valor calórico). 2005 Lançamento do NESCAU POWER, com formulação contendo o dobro de ferro, ajudando o consumidor a ter mais disposição e energia.
2006
Lançamento do NESCAU LIGHT na versão pronto para beber.
Lançamento do NESCAU ao CAFÉ em pó, resultado de uma exclusiva combinação do NESCAU tradicional com um toque de café para ser consumido quente ou gelado.
Lançamento do NESCAU GUARANÁ, único achocolatado em pó com um toque refrescante de guaraná.
2007
Lançamento do NESCAU 2.0, produto com nova fórmula, contendo Actigen-E – combinação de vitaminas e minerais desenvolvida especialmente pelo Centro de Nutrição Nestlé na Suíça, e embalagem que imitava um tornado. Resultado de três anos de pesquisa e trabalho intenso, o novo produto, tinha como objetivo se manter conectado ao seu público por meio de novo sabor, nova embalagem e também por conta do código 2.0, uma linguagem familiar a quem a marca quer atingir, uma vez que esse consumidor nasceu em um mundo digital de games e softwares que evoluem de forma rápida e sempre apresentam novidades e melhorias sugeridas pelo próprio usuário. A campanha de lançamento contava com o slogan “É irado igual, mas é diferente. Provando você entende”.
2008
Lançamento do NESCAU NUTRI, com fórmula balanceada e mais nutritiva com 25% de redução de açúcar e cereais como trigo, aveia, cevada e arroz, além de vitaminas e minerais como ferro, cálcio, magnésio e zinco, para atender às necessidades das crianças de 4 a 7 anos.
Lançamento para estabelecimentos comerciais da máquina de NESCAU Pronto para Beber. Ideal para escolas, cinemas, aeroportos, lanchonetes entre outros, o lançamento traz praticidade e agilidade no atendimento, uma vez que o produto está pronto para beber e não requer nenhum tipo de preparo: basta instalar e servir.
2010
Lançamento do NESCAU FAST, bebida láctea pronta para beber em uma embalagem com tampa de rosca para ser consumida à qualquer hora.
- -
A evolução da embalagem A embalagem de NESCAU mudou muito desde seu lançamento: a primeira em cor amarela, depois as latas com as cores típicas da marca, e mais recentemente, uma embalagem mais radical.
- - A última mudança, acontecida recentemente, deu um formato de tornado a lata, sinônimo do movimento e da energia da marca, que saiu do rótulo e se transformou na própria lata litografada com grafismos exclusivos e modernos. Nas embalagens direcionadas para o público infantil, NESCAU produziu o grafismo de um quebra-cabeça, ícone ligado ao aprendizado e à brincadeira de crianças menores. Já a versão NESCAU Light ficou com a embalagem metalizada e a NESCAU Power com rótulo em cores mais fortes nos tons de vermelho e marrom. - -
Dados corporativos
● Origem: Brasil ● Lançamento: 1932 ● Criador: Nestlé
● Sede mundial: Vevey, Suíça ● Proprietário da marca: Nestlé SA
● Capital aberto: Não ● Chairman: Peter Brabeck-Letmathe
● Presidente: Ivan Zurita (Brasil)
● Faturamento: R$ 750 milhões (estimado)
● Lucro: Não divulgado
● Presença global: 2 países ● Presença no Brasil: Sim
● Segmento: Alimentos ● Principais produtos: Achocolatados, cereais, chocolates ● Ícones: Suas embalagens
● Slogan: Energia que dá gosto. ● Website: www.nescau.com.br
- A marca no mundo
Atualmente a marca existe apenas no Brasil e na Argentina. Desde 1972, NESCAU é líder destacado em sua categoria no Brasil tendo, inclusive, pela força de sua marca, migrado para outras categorias de produtos, também com grande sucesso. É o caso de cereais matinais, chocolates, biscoitos, ovos de Páscoa, todas levando agora a marca NESCAU em algum produto de suas linhas.

Aluno: Sergio Augusto dos Santos Rabelo Silva
Turma: 1001
Fonte: Blog Mundo Das Marcas

Washington Luiz Olivetto

Foco:
Autor e escritor / Criatividade e Inovação / Marketing / Publicidade / Trabalho em Equipe / Disciplina / Vendas / Administrador / Competitividade / Empresário / Executivo de Sucesso / Expressão Verbal / Comunicação Corporativa / Gestão de Pessoas / Jornalismo / Motivação

Washington Luiz Olivetto é um publicitário brasileiro, responsável por algumas das campanhas mais marcantes da propaganda nacional.
Cursou a faculdade de publicidade pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), mas não concluiu o curso.

Redator, começou a carreira na Harding-Jiménez, depois passaria a trabalhar na Lince, Casabranca e depois na DPZ, em 1974, onde ganharia o primeiro leão de ouro da publicidade nacional no Festival de Cannes, com o filme Homem com mais de quarenta anos.

Na mesma agência, faria dupla de criação com o diretor de arte Francesc Petit e realizou inúmeros trabalhos premiados. A dupla ainda foi responsável pela criação do garoto-propaganda da Bombril, com o ator Carlos Moreno, que acabou indo parar nas páginas do Guinness Book como o garoto-propaganda de maior tempo de permanência no ar ao longo dos anos, a partir do décimo sexto ano de execução e mais de 340 filmes. Ainda na DPZ chegou a ser diretor de criação.

Saiu da DPZ para associar-se à agência de publicidade suíça GGK (tornando-se W/GGK), em 1986. Junto com os sócios Gabriel Zellmeister e Javier Llussá Ciuret, passariam a ter o controle total da agência e passaria a ser chamada de W/Brasil.

Posteriormente, teria filiais nos Estados Unidos (W/USA), Portugal (W/Portugal) e Espanha (Alta Definición & Washington Olivetto, ou W/Espanha). A W/Brasil se tornaria uma das agências mais premiadas do mundo, com quase 1.000 prêmios, entre Leões no Festival de Cannes, Clio Awards, CCSP e outros. Ganhou 49 leões de Cannes (entre ouro, prata e bronze).

Na W/Brasil, foi responsável pela criação de vários comerciais memoráveis, entre eles os filmes para a fabricante de sapatos Vulcabrás, o cachorro da Cofap, o casal Unibanco, entre outros. Os filmes Hitler (1989), para a Folha de São Paulo (o filme Hitler foi criado por Nizan Guanaes), e do Primeiro Sutiã (1988), para a Valisère, são os únicos comerciais brasileiros a constarem na lista mundial dos 100 maiores comerciais de todos os tempos.

Em 2005, foi lançada a biografia da sua empresa, Na toca dos leões, escrita por Fernando Morais, que narra sobre a sua vida e o seu sequestro, no final de 2001. É diretor de criação e presidente da W/Brasil.



Aluno: Sergio Augusto dos Santos Rabelo Silva
Turma: 1001
Fonte: Site Mix Palestras

Romero Britto - O Uso De Imagens De Arte Como Motivação Para O Consumo

Quando descobrimos que abrir os olhos e somente ver o que nos rodeia não basta mais, compreendemos que o essencial é invisível aos olhos. É preciso enxergar, conhecer, admirar e se encantar. Pois a vida é construída por imagens e mais imagens, inúmeras e diversas que competem por nossa atenção e ocupam todos os espaços. A invasão das imagens é tão forte que não conseguimos mais distinguir até que ponto elas nos dominam, ou até se elas já não se apropriaram de nós. Pode-se dizer que vivemos em uma sociedade das imagens; já não é mais possível viver sem elas, temos necessidade de consumi-las em todas as suas formas.

As imagens nos suprem das ausências por se fazerem presença em todos os sentidos, e por nos levar a lugares nunca antes vistos e mais por nos revelar tudo o que desejamos, preenchendo na maioria das vezes o vazio que nos assola. Por essa intensa relação com as imagens, estabelecemos diálogos com as mesmas e nos representamos através delas.

As imagens advêm da cultura, artifício criado pelo homem para enfrentar o seu medo da morte, que engloba mitos e ritos, mas vai muito além deles. A cultura vem como uma representação humana de tudo o que é percebido; é o universo simbólico que cria uma realidade que faz com que o homem se sinta apto e preparado para enfrentar as adversidades da vida. E a partir da cultura e dentro dela surge a comunicação, na qual o homem cria e estabelece vínculos com o outro; e é no âmbito comunicacional que o homem vai estabelecer-se como mídia primária, que é o próprio corpo, início e fim de toda comunicação, como definiu Harry Pross (1971).

Uma das formas de representação das imagens é a arte, atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito carregados de vivência pessoal e profunda (Ferreira, 1988), que se manifesta de diversas formas e dimensões, e se permite ser utilizada para diversas finalidades. A arte nasce da imaginação do artista e também da maneira na qual ele enxerga e absorve o mundo exterior; é a interiorização das impressões e sensações, olhares e sentimentos que serão devolvidos ao mundo de uma maneira maravilhosamente única.

Utilizando a imagem, a arte e toda a reflexão sobre cultura e comunicação como ponto de partida, reflito sobre o trabalho do artista Romero Britto e a utilização de sua arte na publicidade como forma de impulso para o consumo de produtos.

Romero Britto, artista pernambucano radicado nos EUA, é o maior expoente no Brasil da Pop-Art, estilo artístico do final dos anos 50 que se baseia no reprocessamento de imagens populares e de consumo, contemplando a linguagem da cultura urbana. Com um traço quase infantil, o artista explora formas geométricas e figuras, usa todas as cores, sempre muito vivas e vibrantes, transmitindo bom-humor, alegria e jovialidade, dando movimento e vida a figuras diversas. Romero não se prende a detalhes, e as imagens que produz são capazes de transportar o observador para um mundo repleto de sonhos e fantasias. E esse é justamente o motivo pelo qual suas obras são constantemente reproduzidas em produtos e na publicidade em geral.

Ao pintar, o artista tenta transpor para a tela tudo o que o mundo representa para ele; é a reprodução das imagens reais e imaginárias que foram consumidas e absorvidas por ele em determinados momentos. E a partir do instante em que o artista se transporta para a arte, ele se transforma; o mundo exterior se torna interior ao mesmo tempo em que vêm à tona em forma de pintura e expressão. Tudo isso funciona como forma de sedução e encantamento, e as sensações despertadas por essas manifestações será o ponto que aproximará a arte da publicidade, que deseja também seduzir e encantar para alcançar o seu objetivo principal, que é convencer e despertar desejos escondidos, levando as pessoas ao consumo da imagem primeiramente, e conseqüentemente ao ato de compra do produto em questão.

Atenção, interesse, desejo e ação. Esse é o processo que a publicidade quer desencadear, e para isso utiliza artifícios que convencerão o público-alvo de que o que está sendo oferecido é essencial e de suma importância para o seu bem-estar. A atenção será despertada pela beleza da arte, e pelo o que se vê através das imagens. As pessoas são o que consomem, são imagens e produtos, crenças e ideais, sonhos e fantasias. A arte, utilizada pela propaganda como uma forma de agregar valor ao produto, se transforma em magia e encanto; as pessoas se vêem nas imagens e se transportam para dentro delas, vão além e se vinculam; abandonam a idéia de que são somente pessoas e se tornam verdadeiras imagens de um mundo simbólico criado por elas mesmas.

A junção da publicidade e da arte nos leva a ter novas percepções de coisas já existentes e, até mesmo, comuns, e a enxergar o mundo ao nosso redor de uma maneira inteiramente diferente. A sociedade da imagem passa a ser também a sociedade do consumo, feita de escolhas e modelos de comportamento distintos; uma sociedade que é ao mesmo tempo real e lúdica, que se alimenta de imagens e sonhos. Passamos a consumir conceitos, não mais produtos; consumimos aquilo que antecipa as nossas expectativas, nosso prazer e nossas emoções. Não se compram objetos, compram-se status e estilo.

O uso da arte abstrata, alegre e colorida de Romero Britto em produtos variados não é em vão. Suas obras, que dão vida a qualquer espaço, surgem como impulso para o consumo a partir do momento em que combinam o talento do artista com a credibilidade dos produtos. A arte pop de Britto, que tem qualidade e atinge diversos públicos, além de entreter e cativar pessoas abre portas para o sucesso dos produtos que a ela se aliam. Marcas de bebidas, sandálias, porcelanas, perfumes e até de carros exploram as imagens do artista para ampliar o mercado de alcance e aumentar o volume de demanda e consumo através da sensibilidade e criatividade de Britto.

A utilização da arte como impulsionadora de consumo faz com que a obra de arte perca o seu valor de culto e passe a ter valor de exposição, o que possibilita a criação de uma maior proximidade e tatilidade (Benjamim apud Baitello, 2005). Quando a publicidade consegue, através de formas criativas e inusitadas, refletir os valores, sonhos e fantasias do consumidor, e o cativa pelo valor percebido do produto que apresenta, pode-se dizer que o objetivo principal é alcançado, pois o que sensibiliza o público é a viabilização de trocas emocionais, despertando sentimentos a partir da trilha sonora de um comercial de TV ou do texto do anúncio veiculado na revista. Esse ato de tocar as pessoas, de emocionar ou fazer sorrir, é o que proporciona o posicionamento ideal do produto na mente dos consumidores, criando fidelidade e reconhecimento. No caso da combinação do trabalho de Romero Britto e a publicidade, é gerada uma identificação e aproximação das imagens de arte com o público, que as reconhece nos produtos e cria uma espécie de confiança e segurança de consumo. Vários são os produtos que licenciaram as obras de Romero para reprodução em embalagens e peças, mas dois exemplos merecem atenção.

O sabão em pó OMO, marca de grande sucesso e tradição, lançou uma edição limitada do sabão, o OMO Cores, com estampas do artista, que contava com dois modelos de latas redondas e uma embalagem decoradas com diversas cores, desenhos e formas. Além das embalagens, a empresa fabricante do produto permitiu que Romero Britto estilizasse a logomarca do sabão, fato importante por ser a primeira vez na história da marca que a logo passou por uma releitura. O artista participou também do comercial de TV para o lançamento de OMO Cores.

Outro case de sucesso, que também conta com a “participação” das pinturas de Romero Britto, é a coleção criada por Amir Slama, estilista da grife de moda-praia Rosa Chá. Amir criou peças inspirando-se nas obras de Britto, e justificou sua escolha dizendo que o trabalho do artista é vibrante e transmite uma ótima energia. Apesar das peças exclusivas terem sido lançadas com um alto preço de compra, as oito mil peças produzidas foram vendidas rapidamente, fazendo com que o estilista decidisse por repetir a idéia em outra coleção. Essa experiência vivenciada pela Rosa Chá demonstra, mais uma vez, que as imagens de arte associadas a produtos é uma parceria que dá certo e que vai além dos objetivos esperados; é um “casamento” de imagens que resulta em sucesso de vendas.

A publicidade, que enuncia novas linguagens e desperta novas sensibilidades, é uma arte que se usa de outras artes para se fazer entender, para penetrar e fixar suas idéias no imaginário das pessoas. A inter-relação estabelecida entre arte e publicidade quer construir um novo sentido, uma nova interpretação do mundo em que vivemos; quer transmitir mensagens lúdicas de formas concretas para aguçar todos os sentidos humanos. Imagens abrangentes, imagens artísticas, imagens reais, imagens imaginadas, imagens da vida, imagens de nós mesmos, imagens que se perdem e imagens que encontram. Somos pessoas em imagens e imagens de pessoas, somos visão e audição, somos o todo que sempre busca se completar com o que vemos ao redor.

Aluno: Sergio Augusto dos Santos Rabelo Silva
Turma: 1001
Fonte: Site Closet Online